sexta-feira, julho 10

Oh céus, dá-me um sol!

Ilustração: Lois Manno

Apartamento pequeno, de fundos, silencioso, fresquinho e... nada de sol. Uma réstia... na janela do banheiro, já postei isso num lindo dia ensolarado. Mas para a horta dos meus sonhos, verduras orgânicas, pimenteiras e ervas aromáticas, ele fica devendo. O sol? Não o edifício, tadinho, quase engolido pelos grandões que confiscam os raios de sol e nos condenam à sombra (e a todos os amigos dela, principalmente o Sr. Mofo, um cara inconveniente que insiste em se instalar no meu pedaço. Haja giz, cânfora, vinagre e reza forte para esse cavalheiro se retirar).
Eu, pessoa de alma agitada e levemente perturbada, não conformada com a eterna penumbra, estudo um jeito de cultivar minha porção de natureza doméstica, só que agora uma dúvida me devora: Tento driblar esse gigantesco guarda sol de concreto com uma engenhoca cheia de lâmpadas especiais para finalmente poder colher meus vegetais, ou largo tudo isso de mão e me refastelo no hortifruti como se fosse a minha própria colheita? Afinal, para chegar à auto sustentabilidade orgânica, sacrificarei alguns watts de energia elétrica. Aí, me dá uma luz?

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