domingo, setembro 12

Secura e fartura!


Cá estou eu, aguardando pacientemente o material que um dia virá a ser um delicioso livro, mas nada, não chega. Minha amiga, a autora, já andou sinalizando que não está "fluindo" como esperado. Eu não creio (creio nela, não na vazão ou falta dela). O tempo é pouco mesmo, a mulher - menina - faz sete coisas de uma só vez, ainda escreve, canta, dança, bate palmas e, de vez em quando, senta para tomar um café com as amigas. E fala, héin, como fala.
Aí, um dia ela manda um textinho,a primeira página do livro, mas faz uma observação: Não "saiu" tão redondinho quanto gostaria. Eu amei!
Ela prometeu mais. Mas agora, estou preocupada. Não ansiosa. Nem apressada. Só quero ver esse projeto-sonho-desejo fluir, porque ela sabe que, pode até parecer secura, mas, procurando direitinho, vai encontrar o oásis para refrescar as idéias. Até porque, combinado é combinado e ela sabe do que estou falando.
Como uma formiguinha, daquelas mais trabalhadoras do formigueiro, ela não gosta de parar nem para descansar. Mas agora vai parar na marra, só um pouquinho, vai consertar uma coisinha que deu erro, vai reparar as janelas da alma. E vai ficar de repouso uns dias, mas sem escrever. Então, muito justa é a minha preocupação de receber logo as novas páginas, senão a secura vai ser minha.
Se for preciso, vou esperar, com sede. Mas rezando para os colírios lavarem os olhos e a inspiração, pois o que ela precisa, a menina, é se expandir! Que aproveite essa parada estratégica para recarregar e turbinar a alma inquieta e curiosa.
Eu rezo por sua saúde e agradeço o privilégio deste lugar na primeira fila.
Até na secura, fartura.