quinta-feira, outubro 28

Insônia, um tremendo pesadelo!

Sofreguidão. A definição mais honesta para as horas atormentadas de uma noite insone, agitada, suada, desesperada.

A palavra insônia sempre me remeteu à consciência- mais especificamente à que pesa, como se os insones tivessem a obrigação de pagar com olhos secos e arregalados, suas penitências e dívidas.

Pela manhã, no fundo de enormes olheiras, enxergo a ignorância rindo de mim, apontando o indicador e se jogando para trás com enorme prazer.

Insônia também faz parceria com a solidão. E é possível passar um dia inteiro com os olhos em poças de água para não esquecer, ou ao menos, não menosprezar essa presença ilustre. 

É fácil identificar essa companheira esfomeada, que devora o repouso, que bebe as energias que restam, Difícil é convidá-la a se retirar.
Imsônia come a sensatez, o prumo, a vontade. E palita os dentes com a enfraquecida vontade de acordar com boa disposição.

E chega o amanhecer, levando a noite e as esperanças de um soninho gostoso.
A aparência revela o caos vivido. O humor confirma, o corpo se arrasta.

A maior dúvida nesse momento é: Comprar um aspirador para juntar todos os cacos, ou uma mangueira para lavar tudo e levar para longe?
Guardar os cacos para se reconhecer ou apostar que a próxima noite será de mais sorte?

É necessária uma ajuda, amiga ou não, professional ou não. É imperioso descobrir como deixar o corpo e a consciência repousarem.  


É vital uma noite de sono e um sonho muito bom para o dia e as ideias amanhecerem mais vivos.

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