sexta-feira, outubro 2

Temos preguiça, sentimos fadiga, criamos temores, vivemos com medo de as coisas darem certo

Sabotagem. Eis uma palavra que não é tão comum, mas também está longe de ser uma desconhecida em qualquer história de vida.
Você é sabotado, quando te omitem uma verdade, quando é lesado, enganado, injuriado, prejudicado…
Você poder ser sabotado infinitas vezes ao longo da vida. Pode descobrir, pode sequer desconfiar, pode nem querer saber e ir levando…
Você pode achar normal, que é do jogo, pode se sentir ultrajado, magoado, revoltado, enganado…
Mas, e quando a sabotagem parte da parte que deveria se defender das possíveis sabotagens, intencionais ou não?
Fazemos isso? Fazemos esse total desserviço a nós mesmos, sabotando-nos e nos subtraindo oportunidades que poderiam ser positivas para nossas próprias vidas?
Sabotamo-nos quando temos preguiça. Preguiça de tentar algo, pesquisar, preguiça de entender, considerar, analisar. Deixamos de entrar em contato com um monte de novos caminhos, possibilidades, pessoas e lugares, por conta da tal preguiça.
Sabotamo-nos quando sentimos fadiga. Com a velha desculpa de que estamos cansados de tentar isso ou aquilo, que estamos exaustos de bater com a cabeça na parede, a cara das portas, a mão na ponta da faca… sentimo-nos feridos e abatidos pela fadiga. E, para evitar mais dores e mais suores, sabotamo-nos, crendo que estamos fazendo o certo.
Sabotamo-nos quando criamos temores. Da mesma forma que criamos desenhos, textos, looks e fantasias, criamos temores. Temores robustos, bem alimentados, verdadeiros paredões que nos impedem de ultrapassar as dificuldades e enxergar possíveis soluções. E nos sabotamos, em total paralisia.
De fato, queremos demais que a vida seja leve, que o café esteja quente, que a chuva só caia, quando estivermos abrigados e agasalhados, que a saúde esteja em dia e que o mal passe bem longe.
Mas, para afastar o que não queremos por perto, para manter o que já conquistamos e para dar passos mais adiante e vislumbrar outros horizontes, precisamos urgentemente derrotar, esmagar, dizimar esse medo que nos cai tão bem quanto um par de botas de chumbo. Precisamos, finalmente, deixar as coisas darem certo!

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